Esse blog é meu, mas também é do universo. Você pode ficar à vontade, não precisa concordar com tudo, só respeite para ser respeitado.
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013
quarta-feira, 30 de janeiro de 2013
Mar Revolto
Desculpem a minha sinceridade. Não que eu realmente ache que tenho que pedir desculpas por isso. Não sou tão subserviente a tal ponto, aliás, um dos meus defeitos maiores, reconheço, é uma certa soberba, por não me sentir tão igualzinha à essa turma do tapinha nas costas, essa turma da politica que faz algo ali pra se beneficiar aqui, pra depois poder bater no peito aqui, e depois dar mais uma tiradinha ali...( esse pessoal, infelizmente tem sido uma maioria ultimamente). Ou melhor, não desculpem coisa nenhuma. Vocês não tem obrigação nenhuma disso, nem eu.
Posso ter mil defeitos, aliás, os tenho com certeza. Não sou melhor, nem pior do que ninguém. Só uma coisa: acho muito ruim quem fala as coisas pelas costas, quem finge amizade na frente, e por trás fica reparando nos defeitos, no modo de vida das outras pessoas, no destino que elas resolveram dar pras suas vidas. Pior ainda, vejo tanta falsidade por aí, que procuro andar afastada, para não deixar de admirar algumas pessoas, pois talvez, esse seja o maior defeito delas. E por que não aceitá-los? Tudo bem, posso até aceitá-los, mas não me peçam pra compactuar, nem pra ser conivente. Comigo não rola.
Eu sempre preferi pessoas que falam as coisas na cara, que me criticam mesmo, olhando nos meus olhos. Posso não gostar de ouvir algumas vezes, pois verdades incomodam e doem em muitos casos. E tenho, de fato, algumas amigas e amigos assim. E esses foram os que mais ganharam de mim, afeto, confiança e carinho.
Imagem: Midian Almeida - Itaimbezinho RS |
Falo, escrevo, sim. Quase tudo o que eu penso. E adoro. Desespero? Pode ser. Quem sabe. Quem sabe do meu desespero? Será que não está na hora de desesperar-se mesmo? No momento em que nos damos conta de que amigos verdadeiros são tão poucos, pois os que se apresentam mesmo, só se tem nas horas boas? Quando você está por cima?
E aqueles que fazem o papel do advogado de ambas as partes?
Fazem chorar e depois oferecem o lencinho pra secar tua lágrima.
Esses, tem aos montes. E seguem sendo o veneno e o antídoto, para todas as partes.
Eu queria mesmo falar tudo que penso. Mas não posso. Porque se eu falasse mesmo. Muita gente ia ficar de cabelo em pé. E seu eu falasse tudo que sei? Tudo que já ouvi por aí? E se eu falasse tudo que eu mesma já falei? Deus nos acuda. Melhor não, ou melhor sim? Dúvida cruel.
Confesso, sou meio Gregório de Matos.
Daqui dessa pessoa que está escrevendo, podes ter certeza, vais ler o que queres e o que não queres talvez. Mas não vou ter nada pra te esconder, não terás surpresas de mim, como eu já tive de muitos e muitas, nas mais variadas situações.
Meu interesse não é me beneficiar de nada do que tu tens, nem do que tu podes, mas sim, ter a liberdade de ouvir verdades da tua boca e de dizê-las com a mesma liberdade. Isso, e só isso, pode ser um verdadeiro benefício, mas não só pra mim, mas pra humanidade que existe em nós.
Eram homens das cavernas os que se digladiavam por comida, por peles, por espaço, por poder. Ou melhor, parece que nada evoluiu mesmo. Continuam a digladiar-se. Não quero isso pra mim. Sei viver com meu espaço, com o que é meu, sem precisar subir na garupa de ninguém, nem atropelar pessoas.
Imagem: Orlei Jr. Vale da Ferradura/Canela/RS |
Não me venham com ludíbrios, não preciso mais deles. Já sei farejar de longe quando uma raposa me ronda. Aprendi, e quem sabe você mesmo não me ensinou a farejar, porque, água mole em pedra dura...Tenho fé, um dia muita gente vai acordar, e não sou eu que vou precisar contar tudo que vi, elas próprias vão ver essas mesmas realidades com as quais me deparei nos últimos tempos.
E tomem cuidado com aquelas que falam coisas e coisas em off. Assim como elas falam dos outros em off pra você, elas falam de você em off para os outros, pois isso é um hábito normal nessas vidas.
E presta atenção: Debaixo de um lindo lago, pode haver uma serpente nadando calmamente, esperando a presa ali cair. Mas no mar revolto, você observa e já sabe exatamente o tamanho das ondas que terá que enfrentar.
Desculpe não ser política.
Arte é o que eu faço, e a minha arte precisa da sinceridade para se criar.
E pra terminar, um dos que eu mais admiro, Oscar Wilde, genial.
"Viver é a coisa mais rara do mundo. A maioria das pessoas apenas existe."- The Soul of Man Under Socialism - Página 9, Oscar Wilde
E por fim: atribuído a Wilde, mas não confirmado. Só que eu gosto de pensar que é dele, pois é a cara dele:
Loucos e Santos
"Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila.Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante. A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e aguentem o que há de pior em mim. Para isso, só sendo louco. Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças. Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos. Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril."
quarta-feira, 12 de dezembro de 2012
Vida ou Morte, é questão de ótica

Não, calma, eu não tô deprê não. Porquê? Pensar na morte tem que ser algo necessariamente deprê? Não acho.
Se pensássemos mais acerca da morte, talvez soubéssemos conviver melhor com sua iminência.
É que nossa vida é como se fosse um ônibus, que passa todos os dias no mesmo ponto, no mesmo horário. Se um dia a gente se atrasa ou se ele não passa, por qualquer motivo que seja, a gente o perde, e acaba não embarcando pro resto da vida.
Nós somos como folha seca, que se desprende da sua árvore num vento de outono.
Vida é frágil, como chama de vela.
Nós somos como vela, algumas duram bastante e vão se apagando lentamente, outras basta um pequeno soprinho e se apagam facilmente.
Sei lá, não entendo os porquês, mas procuro compreender, é menos doloroso assim. Minha fé me faz assim, nada cética, totalmente crente. E como eu creio que a vida nos foi emprestada por Deus, pra que a gente aprenda com ela, eu sei que o tempo de aprendizado, quem decide é o mestre. A hora em que ele achar que estamos prontos pra passar pra próxima fase, já é! Ou a hora em que chegar à conclusão de que é um caso perdido, talvez...vai saber né...
Mas...
Tem gente que fecha os olhos, vivo, e não acorda mais, passa a vida sonhando com uma vida que não é a sua. Outros já morreram faz tempo, só esqueceram de fechar os olhos. Tem até quem se esqueça de viver o presente, só lembrando do passado ou querendo descobrir o futuro.
Eu acho estar verdadeiramente vivo, é sentir-se pleno, por dentro, por fora, nesse ou noutro plano. O resto não pode ser considerado vida.
Tanto que tem gente que morre e permanece vivo. Isso é que é vida de verdade.
Vida é permanecer vivo, mesmo após a morte. Vida é gostar de acordar, gostar de sair pra rua, gostar de ver as pessoas, de ouvir as crianças gritando na rua, ter prazer ao ouvir uma boa música.
Os maiores representantes dessa raça que realmente vive, me parecem ser os poetas. Eles são os mais insistentes nessa causa.
Suas palavras são inspiradas nas pequenas coisas que fazem a gente se sentir vivo.
E permanecem, pra sempre. Junto com as suas histórias, suas loucuras, suas viagens.
Poetas são eternos, por isso eu sempre imagino que os anjos são os poetas que já partiram. Anjos são músicos, isso já diz, faz tempo. Mas que os poetas também têm sua cadeira cativa ali pertinho do todo poderoso, ah têm.
Bom, mas...
O negócio é ficar tranquilo, esperar o ônibus, mas se ele um dia não vier, não desesperar-se jamais. O que importa é aquilo que se faz enquanto se está aqui na Terra. É melhor dar atenção às pessoas quando elas estão conosco, ficar rezando depois que elas já se foram não adianta lhufas. Morto é morto, acabou.
Gente viva é que precisa de oração, de cuidados. Quem se foi, fica na lembrança, naturalmente, se assim merecer.
Eu só espero que nenhuma brisa ou vento me apague. Que eu seja uma vela daquelas que se apagam lentamente, só na hora em que sua luz já esteja bem de saco cheio de iluminar.
Mas isso, quem decide é o maestro da banda lá de cima. Na hora em que estiver precisando de mais alguém pra engrossar o côro, tô aqui, pronta pra estreia!
Mas quero permanecer, tá?
terça-feira, 11 de dezembro de 2012
Com sua licença, essa sou eu
Não, eu não uso photoshop nas minhas ideias, nos meus pensamentos, nas minhas convicções. Não tenho interesse em agradar A ou B, nem de ser politicamente correta o tempo todo. Muito menos de me preservar. Eu preservo, em primeiro lugar, a coerência do que sou com o que digo, do que penso com o que ajo, do que aprendo com o que ensino. Ou, ratifico, não seria eu.
Somos livres para dizer o que queremos, e temos o dever de aprender a aceitar as diferenças, pois essa é a condição para que a verdadeira democracia sobreviva e se efetive. Também não critico, nem condeno os que pensam diferente de mim, os que agem diferente de mim, deixo-os em paz, com seus pensamentos, mas quero a recíproca.
Creio que o silêncio carregue julgamentos, que esconda algo pensado e não dito. A palavra, pra mim, é sempre mais justa e sincera, pois dá a oportunidade da defesa e principalmente, do contraponto sadio.
Tenho mais medo dos que silenciam em público, e utilizam-se dos bastidores, para se preservarem. Não é uma crítica, é apenas uma constatação. Eu prefiro essa transparência. Também respeito quem prefere ficar na posição confortável do observar.
Quando a gente entra numa rede social, sempre haverão aqueles que interagirão, e os outros que apenas observarão. Gosto mais dos que interagem, honestamente. Dos que me observam, boa parte está a me julgar. E isso é o que eu acredito ser o cômodo, o oportuno. Não quero aqui dizer que não gosto dos que observam. Não mesmo! Apenas espero deles, que além de observar e optarem por não interagir, respeitem a maneira com que cada um decide agir ou simple e naturalmente se comporta.
Ontem eu conversava com uns amigos e dizíamos que tá ficando um saco esse negócio de ter que cuidar o tempo todo o que se fala, porque pessoas se ofendem até com um :( ou um ;) ou um \o/ que você publica. Há um exagero do politicamente correto, que todos os dias mudam a forma como devemos nos referir à alguém ou a um grupo de pessoas, como se o que está, de fato, por trás delas ou incrustado nelas fosse mudar, como se sua condição mudasse, em função da forma como me manifesto sobre elas. Minha conduta é humana, é simples, não tem rusgas eminentes, não é esse meu intuito. Se eu escrever aqui sobre os portadores de necessidades especiais, não quero ofender ninguém, e sei que são pessoas iguais a quaisquer outras, não é a nomenclatura que vai mudar o que eu penso sobre elas.
Chamo o branco e o negro de "cara", a mulher e a guria de "moça", por simples hábito, mas se um dia quisesse chamar o idoso de "velhinho", qual o problema? Mudou o significado da palavra "velho" no dicionário? Passou a ser xingamento? é isso?
Acho horroroso chamar um negro de moreno, como se dizer "negro" fosse uma ofensa. Que merda é essa? Quem inventou essa joça? Não, eu to fora.
Não me rotulem, não me criem carapaças, me deixem transpirar naturalmente, deixem-me dizer o que sinto e o que penso. Trinta e sete anos já me permitem alguma autoridade sobre mim mesma ou não ainda?
Somos livres para dizer o que queremos, e temos o dever de aprender a aceitar as diferenças, pois essa é a condição para que a verdadeira democracia sobreviva e se efetive. Também não critico, nem condeno os que pensam diferente de mim, os que agem diferente de mim, deixo-os em paz, com seus pensamentos, mas quero a recíproca.
Creio que o silêncio carregue julgamentos, que esconda algo pensado e não dito. A palavra, pra mim, é sempre mais justa e sincera, pois dá a oportunidade da defesa e principalmente, do contraponto sadio.
Tenho mais medo dos que silenciam em público, e utilizam-se dos bastidores, para se preservarem. Não é uma crítica, é apenas uma constatação. Eu prefiro essa transparência. Também respeito quem prefere ficar na posição confortável do observar.
Quando a gente entra numa rede social, sempre haverão aqueles que interagirão, e os outros que apenas observarão. Gosto mais dos que interagem, honestamente. Dos que me observam, boa parte está a me julgar. E isso é o que eu acredito ser o cômodo, o oportuno. Não quero aqui dizer que não gosto dos que observam. Não mesmo! Apenas espero deles, que além de observar e optarem por não interagir, respeitem a maneira com que cada um decide agir ou simple e naturalmente se comporta.
Ontem eu conversava com uns amigos e dizíamos que tá ficando um saco esse negócio de ter que cuidar o tempo todo o que se fala, porque pessoas se ofendem até com um :( ou um ;) ou um \o/ que você publica. Há um exagero do politicamente correto, que todos os dias mudam a forma como devemos nos referir à alguém ou a um grupo de pessoas, como se o que está, de fato, por trás delas ou incrustado nelas fosse mudar, como se sua condição mudasse, em função da forma como me manifesto sobre elas. Minha conduta é humana, é simples, não tem rusgas eminentes, não é esse meu intuito. Se eu escrever aqui sobre os portadores de necessidades especiais, não quero ofender ninguém, e sei que são pessoas iguais a quaisquer outras, não é a nomenclatura que vai mudar o que eu penso sobre elas.
Chamo o branco e o negro de "cara", a mulher e a guria de "moça", por simples hábito, mas se um dia quisesse chamar o idoso de "velhinho", qual o problema? Mudou o significado da palavra "velho" no dicionário? Passou a ser xingamento? é isso?
Acho horroroso chamar um negro de moreno, como se dizer "negro" fosse uma ofensa. Que merda é essa? Quem inventou essa joça? Não, eu to fora.
Não me rotulem, não me criem carapaças, me deixem transpirar naturalmente, deixem-me dizer o que sinto e o que penso. Trinta e sete anos já me permitem alguma autoridade sobre mim mesma ou não ainda?
quinta-feira, 6 de dezembro de 2012
Beira Rio, nossa casa é Gigante, para sempre
Projeto Novo Beira Rio
Pensei uma coisa hoje, ao passar pela Freeway. Está lindo o novo estádio do Grêmio, parabenizo aos arquitetos, aos trabalhadores, todos que fizeram o lugar acontecer.
Cliente: Brio (www.brionet.com.br)
Produção: hype.cg (www.facebook.com/hype.cg)
Roteiro: Coelho Voador
Som: Gogó Conteúdo Sonoro
Agência: Competence
Marketing Digital: Virtualize
Pensei uma coisa hoje, ao passar pela Freeway. Está lindo o novo estádio do Grêmio, parabenizo aos arquitetos, aos trabalhadores, todos que fizeram o lugar acontecer.
O que vou dizer agora, nada tem a ver com inveja, ou coisa parecida. Internacional e Grêmio são dois grandes times, que orgulham suas torcidas, cada um com suas peculiaridades. Claro que o Campeão de Tudo é, para mim, o maior, pois nunca teve mancha ligada ao preconceito em sua história, nem tão pouco passou por rebaixamentos. É o clube do povo, mas isso é um capítulo à parte, todos já conhecem.
Mas o que vim aqui dizer é que, ao contrário do que eu pensava há algum tempo atrás, e aqui quero dizer que não tenho problema nenhum em mudar de opinião, acho que foi melhor mesmo o Beira Rio ser reformado, e continuar sendo a nossa casa, onde crescemos, onde vivemos todas as alegrias maiores, e porque não dizer, as derrotas, que também nos fizeram aprender muito.
Ficaria muito triste de ver a casa onde cresci e vivi os melhores momentos da minha vida ser implodida e virar poeira. Por mais que a gente ganhasse uma linda casa nova, as lembranças, as memórias de tudo que aconteceu lá na casa da nossa vida, iam perder o encanto.
Essa é minha opinião, não vejo a hora do Beira Rio estar pronto e lindo, e poder caminhar pela Borges de Medeiros, num domingo de sol, em direção ao lugar onde meu time e eu vivemos alguns dos momentos mais felizes de nossas vidas.
Bom é saber que sempre vamos poder voltar àquele lugar, e que lá continuarão todas as nossas memórias, bem guardadas e bem seguras, andando lado a lado com o nosso presente e projetando conosco o nosso valoroso futuro.
E por último, dizem que quem vive de passado é museu, mas no caso do meu Internacional, "É teu passado alvirrubro, motivo de festa em nossos corações..."
E aí recebo esse vídeo, só para confirmar o que eu já tinha percebido.
Cliente: Brio (www.brionet.com.br)
Produção: hype.cg (www.facebook.com/hype.cg)
Roteiro: Coelho Voador
Som: Gogó Conteúdo Sonoro
Agência: Competence
Marketing Digital: Virtualize
sexta-feira, 30 de novembro de 2012
O estímulo à formação da competência cultural, considerando as individualidades
Ninguém nasce sabendo ou dominando coisa alguma. No entanto, o homem detém a inteligência, de forma que, em maioria, somos seres aptos ao aprendizado, quando devidamente estimulados. O estímulo é o principal meio de desenvolver o interesse por determinadas competências. No caso da competência cultural, isso ainda é muito mais complexo. Despertar o gosto, a atenção e principalmente a percepção ao conteúdo dos elementos artísticos, não é algo do qual espontaneamente poderá se obter retorno, mas é algo que está acessível aos diferentes públicos e que deve ser sistematizado da forma correta.
Quando Pierre Bourdieu, sociólogo francês, reflete sobre a produção do gosto cultural em seus estudos e nos propõe que esse gosto e as práticas de cultura de cada indivíduo são resultados de um “feixe de condições específicas e individuais de socialização” (MARIA DA GRAÇA JACINTHO SETTON, Dossiê Pierre Bourdieu - revista Cult, pág. 48, set/2008), ele provavelmente acreditava no estímulo à um aprendizado dirigido e específico, sem padrões comuns, para a formação cultural das próximas gerações.
Dentro dessa ideia, pressupõe-se que é baseando-se nas trajetórias sociais vividas por cada grupo ou segmento, que torna-se possível desenvolver os meios mais adequados de estímulo à apreciação cultural, uma vez que as vivências culturais são diferentes. É um processo educativo advindo do seio familiar e escolar, distinto para cada grupo, que vai produzir seu gosto cultural, e não capacidades inatas.
Assim sendo, a arte está, sim, ao alcance de todos, mas é preciso ter coerência e sabedoria ao expor os espectadores à obra, pois aí será necessário uma certa intimidade adquirir, para que não haja desinteresse por parte do interlocutor.
A linguagem artística é, como a escrita ou a fala, uma forma de comunicação humana na qual o artista e o público interagem de igual pra igual, um propondo e outro reagindo. Através da sensibilidade e da capacidade de assimilação de um objeto artístico, que poderá ser desenvolvida por meios educativos, de acesso e de estímulo, é que poderá se desenvolver o interesse no aprimoramento da competência cultural. Se o sujeito possui apenas um atributo de análise, provavelmente será superficial e ficará no “gosto” ou “não gosto”, na presença de um objeto artístico, ao passo que, tendo mais conhecimento de causa, sua apreciação passará a ter mais conteúdo.
Por outro lado, se a apreciação artística é algo subjetivo, logicamente é preciso analisar individualmente o interlocutor, para não correr o risco de massificar a cultura de forma irresponsável, a ponto de superestimular uns e desestimular outros. Exemplificando, obrigar alunos de uma escola do bairro mais pobre de uma capital a ouvir atentamente um concerto de música erudita, sem antes familiarizá-los, de alguma forma, com esse estilo musical, seria um grande equívoco. Obviamente eles só tiveram acesso à música popular, pela vivência familiar e escolar. Então, uma forma de estimulá-los à esse conhecimento seria instituir aulas de música, a formação de uma orquestra, familiarizando-os com os instrumentos musicais utilizados na música erudita, e quem sabe até misturando os elementos populares aos quais eles já estão habituados, seja no repertório ou instrumentos, além de oferecer o contexto histórico como cooperador para esse aprendizado. Certamente, num breve espaço de tempo, não só eles estarão apreciando sensivelmente um concerto clássico, mas até seus familiares.
Orquestra de crianças da ONG Ação Comunitária/SP
Sob essas perspectivas, é importante despertar o interesse pela arte e o desenvolvimento da competência cultural dos indivíduos de cada segmento social em si, mas é crucial verificar os meios corretos para isso, visando a continuidade desse interesse, a construção do gosto e, principalmente, o entendimento do conteúdo que os bens culturais detém.
quarta-feira, 28 de novembro de 2012
Carta para a jovem Midian Almeida, de 1992
São Leopoldo, 28 de Novembro de 2012
Querida e jovem Midian!
Te escrevo para contar um pouco sobre a minha vida, e principalmente sobre como tenho me visto dentro da nova era da comunicação, tão rápida, tão globalizada, tão cheia de tecnologias, que pelo mundo se instalou. Veja só, eu aqui falando em globalização e você nem deve saber do que se trata, visto que é uma jovem romântica e sonhadora dos anos 80/90.
Minha jovem, isso aqui está uma loucura, você não imagina o quanto! Sabe aquela música da Rita Lee que a Elis Regina, que você gosta tanto, gravou, “Alô Alô, Marciano”? Pois é, “tá cada vez mais down no high society“, mesmo. Até parece que a titia Rita estava profetizando. Hoje em dia, nesse tempo em que eu vivo, todo mundo convive com todo mundo, a democracia, enfim está conquistando sua efetividade, através de um negócio chamado internet. Pobres e ricos, ninguém sabe ao certo quem é o quê, pois todo mundo está, ao mesmo tempo visível e ao mesmo tempo escondido atrás de um teclado de computador, enfiado dentro de sua casa. Tem muito rico que não tem capital simbólico, cultura, entendimento, sabedoria, e muito pobre culto, com muito mais valor, e assim, conquistando suas oportunidades. A internet uniu as pessoas, independente de classe, credo, gênero, cor, opção sexual. Sério, por meio de um computador, é possível se conectar com o mundo todo! Saber o que se passa nos lugares mais remotos, obter informações sobre a vida, a cultura, os acontecimentos de tudo quanto é lugar no mundo. Até visitar o Louvre você pode, sem sair de casa, através da internet.
Câmeras estão espalhadas pelas ruas, gravando tudo em tempo real e transmitindo ao mesmo tempo pela internet, que agora é rápida e não precisa discar, vem por cabo de fibra ótica (um dos grandes inventos do século XXI. É realmente uma loucura. Coisas que você viu em filmes como o Star Wars e pensou: nossa, isso é surreal! - estão acontecendo, de fato. Eu me adaptei muito bem a tudo isso, jovem Midian. Tive que me adaptar...
Na verdade, eu to achando tudo uma maravilha. E você deve imaginar o porquê né... Sim, eu continuo querendo falar o tempo todo, mesmo quando não tem com quem falar, continuo querendo saber tudo, querendo conhecer pessoas diferentes, contando minhas histórias e dando meus pitacos por aí, só que agora, mesmo sem a presença física, isso é perfeitamente possível. Imagine que, até pelo telefone celular – opa, celular é um capítulo à parte - dá para saber o que se passa no mundo inteiro e interagir com pessoas, sem pagar uma conta imensa em ligações internacionais. Você iria adorar tudo isso! Aliás, vai chegar sua vez, você vai enlouquecer, assim como eu.
Bueno, jovem Midian, me sinto privilegiada em poder viver nesse tempo. Claro, ainda tem muita gente que não tem acesso a tudo isso, mas sinto que, aos poucos, o mundo globalizado vai conseguir, enfim, seu objetivo, de interligar tudo e todos numa rede só.
Ah, sobre o celular, você deve ter ficado curiosa, né? Pois bem, o telefone, que só nossa vizinha Marli tem aí na rua, e por isso se acha a dona do pedaço e até cobra de quem quer receber um recado de um parente, agora é um bem móvel, que todos podem ter, inclusive mais de um e podem andar com ele pra cima e pra baixo, receber e fazer ligações pra qualquer lugar do mundo, com preços bem acessíveis, se comparados com o que cobrava a dona Marli. É muito legal esse negócio, ele cabe na palma da mão e também tem televisão, rádio, toca músicas, entra na internet, faz tudo, é quase que um computador de bolso. Sabe aquele teu computador IBM Aptiva? Agora, ele transformou-se em um tablet, que cabe dentro da bolsa e você pode armazenar nele teus trabalhos de escola, livros digitalizados, filmes, uma imensidão de possibilidades. É a era da portabilidade. Não precisa de cadernos, se não quiser.
A televisão e o rádio continuam meio parecidos com o que você conhece, exceto que o sinal agora é digital, e também permite interatividade e que temos aparelhos de televisão que cabem no bolso e inclusive dentro de carros. As possibilidades, Midian, são muitas.
A comunicação é aberta às suas críticas, você que questiona tanto os modelos de informação, iria curtir. Ah, curtir, essa palavra que nossos pais falavam nos anos 70, é uma das palavras mais usadas hoje, pois quando alguém publica algo na internet, quase sempre tem um ícone na tela do computador, onde você pode clicar, se curtir a matéria. E ainda nos jornais e revistas, que hoje não são só impressos em papel, ainda temos a opção de comentar instantaneamente as matérias publicadas. Os impressos ainda resistem, e creio que possam sobreviver, mas cresce o número de pessoas migrantes todos os dias, para as publicações on line, ou seja, na internet, pois é onde elas passam muito tempo do seu dia, conectadas. A credibilidade deles tem sido questionada, sabe lá que rumo tomarão.
Os jornalistas de hoje têm mais facilidade em buscar suas matérias, pois a comunicação é mais acessível, no entanto, muita gente publica coisas falsas na internet, que é demasiadamente livre e com isso permite que coisas irreais sejam divulgadas, prejudicando o curso normal das coisas. É preciso investigar sempre a veracidade do que se publica, antes de compartilhar. Outra palavra muito usada.
Sinto falta de algumas coisas, de visitar mais as pessoas, ao invés de falar ao celular, de receber e mandar cartas, escritas e perfumadas, pois hoje o correio é eletrônico e a carta se chama e-mail, de tirar fotografias na câmera e levar o filme pra revelar, esperando a surpresa de como as fotos haviam ficado. Agora, as máquinas são digitais, não têm mais filmes e você pode ver as fotos na tela da câmera, logo que fotografa, pode apagar e refazer, se não ficaram legais. Depois você armazena no seu computador, quase ninguém manda imprimí-las em papel fotográfico, como antes. O mundo perdeu um pouco do romantismo, mas ainda é muito legal viver aqui. Sobre as redes sociais, acho que é demais pra sua cabeça, nem vou comentar.
Mas olha, vou te dar um conselho, faça exatamente as coisas da forma que eu fiz, em relação à profissão que a gente escolheu. Assuma sua arte, seja uma cantora, pois você veio ao mundo pra cantar, em primeiro lugar. Deixa para ir à faculdade quando estiver mais madura, mais experiente, porque aí vai sentir a diferença de toda a bagagem cultural que você adquiriu nos seus anos de vida e poderá usá-la em benefício próprio.
Só mais uma coisa, continue querendo descobrir o mundo e questionando tudo, sempre haverá espaço pra gente assim aqui, embora muitos prefiram menos sinceridade e transparência, ser honesto e sincero ainda é um valor até hoje. E para encerrar, um último conselho: não se case tão cedo, como eu fiz. Tem muita coisa boa nesse mundo para descobrir e sozinha você poderá ir muito mais longe do que eu fui. A melhor idade para casar é depois dos trinta. Não se preocupe com a maternidade, que você tanto sonha. Hoje em dia, as mulheres engravidam até depois dos quarenta e a medicina está muito evoluída, tanto na obstetrícia, quanto na estética, para o depois : ) (isso é um ícone e quer dizer q estou sorrindo ao escrever).
Beijo no seu coração, Deus abençoe tua caminhada. Ah, Deus existe, viu! Ele me trouxe até aqui!
Midian Almeida, 37 anos, 2012
segunda-feira, 26 de novembro de 2012
Sobre as mídias sociais conectadas, em relação ao jornalismo
Midian Almeida
Acadêmica de Jornalismo/Unisinos
O lenhador ia pelas florestas assoviando feliz, e a cada tronco que encontrava, lá ia ele com seu serrote e seu machado, derrubá-lo. A indústria inventou a serra elétrica, mas o lenhador não quis aprender a usar. Continuou com seu serrote e seu machado. O lenhador continua lá. Mas não há mais lenha na floresta.
Toda a mudança ou toda a evolução tem seu ônus. A produção da informação mudou. Os velhos conceitos caíram por terra, vivemos uma era de instantaneidade, de interatividade e fomos impactados por inúmeros meios digitais de produção e distribuição de informação.
Na Idade da Pedra Lascada, era a pedra lascada, na Idade da Pedra Polida era a pedra polida, na Idade dos Metais, esses foram os instrumentos, e hoje podemos dizer que vivemos a idade da tecnologia, então, é preciso saber usá-la a serviço da humanidade.
O assunto dessa pesquisa, realizada pelo pesquisador em comunicação Walter Teixeira Lima Júnior, é justamente um dar-se conta, de que hoje, o ser jornalista perpassa o ideal romântico da máquina de escrever, mas não o abandona, apenas o evolui e necessita de uma síntese maior de conhecimentos e habilidades, que, se antes não era necessária, daqui por diante é primordial.
O jornalista precisa, além do texto, absorver conhecimentos técnicos em outras áreas: fotografia, vídeo transmissão, edição, e com certeza, as plataformas tecnológicas. Isso se quiser sobreviver no mercado, estar atualizado, vivendo dentro da era tecnológica.
O cenário mudou, a vida mudou, então eu, como profissional, preciso mudar também. Preciso buscar mais conhecimento e desenvolver outras habilidades para que eu tenha condições de realizar meu trabalho, dentro desse novo cenário midiático.
As mídias sociais conectadas permitem que amadores sejam produtores de conteúdo jornalístico e não apenas meros receptores da informação. As notícias se tornaram um bem social. Houve a quebra da hierarquia da mídia tradicional, que outrora era de cima pra baixo. Agora, a palavra é transversalidade.
Essa é uma mudança histórica, antes, noticiar era função de uma instituição que criava, decidia, publicava, elaborava e distribuía notícia. Hoje, quem decide o que é notícia são todos. Se um determinado público achar que um fato é notícia, e mais pessoas concordarem, então ela será compartilhada, interpretada, comentada e, fatalmente, vira notícia.
Todos os anos, muitos novos mecanismos e ferramentas são criadas ou aprimoradas e é preciso que se conheça o funcionamento dessas, para podermos continuar inseridos no mercado, de forma eficiente. Isso é fundamental para que realmente haja efetividade na democratização do meio digital. O ambiente digital conectado deve estar preparado tecnologicamente para receber as contribuições dos usuários, pra que esse usuário possa participar de forma efetiva no processo de produção do conteúdo informativo de relevância social.
Em resumo, temos que aprender, como profissionais, a lidar com os meios digitais para que a democratização deles seja efetiva.
segunda-feira, 5 de novembro de 2012
Um Mestre aos Oitenta
Audálio Dantas Foto: Divulgação
AudálioDantas é brasileiro, alagoano, tem 80 anos e desses, 58 dedicados ao
jornalismo. Um dos repórteres mais admirados e respeitados do
Brasil, foi presidente do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo e o
primeiro presidente da Federação Nacional dos Jornalistas, além de
deputado federal, por um mandato. O jornalista trabalhou em diversos
jornais e revistas brasileiras e tornou-se conhecido e respeitado no
país, depois de ter encabeçado a denúncia do assassinato do colega
Vladimir Herzog, em 1975 e comandar uma manifestação com a
expressiva presença de mais de 8.000 pessoas em frente à Catedral
da Sé em São Paulo, exigindo do governo militar esclarecimentos
sobre a morte de Herzog. Esse ato é considerado um marco histórico
no processo de redemocratização do Brasil. Audálio Dantas esteve
na Unisinos participando da Semana da Comunicação Social 2012, num
misto de palestra e bate papo, que reuniu alunos, professores e
colegas de profissão.
“Não
consigo escrever, se o tema não me tocar”, assim começou o
discurso de abertura do bate papo com Audálio Dantas, proferido pelo
professor e coordenador do curso de Comunicação Social da Unisinos,
Edelberto Behs. Depois dessa frase, muito pouco precisou ser
esclarecido sobre a vida do palestrante. Durante toda a noite
de segunda-feira, tivemos uma chuva de conhecimento, de histórias de
vida, de trabalho e principalmente de luta, de engajamento político
e de total entrega à profissão, pela qual Audálio demonstra em
seus atos e em seus fatos. O alagoano falou de forma simples e com
total humildade aos alunos presentes, sobre suas principais
reportagens.
Em
todas, a entrega foi total. Embrenhou-se nos lugares mais rústicos,
mais selvagens, para obter dos fatos, a realidade. Contou sobre a
reportagem que lhe rendeu o primeiro prêmio nacional, e que,
curiosamente, recebeu um “não“ do entrevistado. Guimarães Rosa
negou-lhe a entrevista, na ocasião do lançamento do livro Grande
Sertão Veredas, mas o repórter, humildemente, permaneceu em torno
da sessão de autógrafos e, através de tudo que ouviu e viu
dirigido aos leitores, escreveu a matéria que lhe rendeu o prêmio.
Com
relação à reportagem que o tornou conhecido no mundo todo, Audálio
Dantas contou que passou muito tempo dentro da favela do Canindé em
São Paulo, onde recebeu um diário de anotações de uma jovem
moradora, Carolina Maria de Jesus, catadora de papel, e dali concebeu
o livro que lhe renderia traduções em 13 idiomas, "Quarto de Despejo (O Diário deUma Favelada)”.
Acaba
de lançar mais dois livros, uma compilação de suas principais
reportagens, “Tempo de Reportagem”, e outro sobre Vladimir
Herzog, “As Duas Guerras de Vlado Herzog”.
Audálio
Dantas não tem formação acadêmica, mas pode ser considerado um
mestre no ofício do jornalismo, assim como tantos outros que ele
mesmo cita com suas referências de vida, como Joel Silveira e
Euclides da Cunha. Esse “mestre” deu uma verdadeira aula de
experiência, de humildade e de amor ao jornalismo a todos os
presentes na primeira noite da Semana da Comunicação Social.
segunda-feira, 8 de outubro de 2012
Hoje
é um dos dias mais tristes dos últimos tempos, pra mim. E antes que
tripudiem, não tem a ver com resultado de eleição, quem ganhou, quem
perdeu, quem vai ganhar, quem vai perder...não tenho nada a ver com
isso, sou uma pessoa comum, minhas escolhas, ainda que nao vitoriosas,
continuarão sendo as minhas escolhas, e nada mudaria isso em mim. O que
eu penso, ou deixo de pensar, ora, nem importa tanto assim.
Minha tristeza passa muito mais pela constatação de que a gente, às
vezes, perde a noção do quão difícil é viver em comunidade, conviver com
as diferenças, e principalmente, num mundo virtual, como dói ser mal
interpretado, mal visto e muitas vezes mal julgado, por seus amigos, por
pessoas próximas, ou outras não tão próximas. Ter que excluir pessoas
da sua lista, pessoas que até então eram divertidas, simpáticas, mas que
de repente ficaram sarcásticas e preconceituosas, dói, pra mim.
Perde-se muito tempo tentando se proteger e a vida vai ser tornando um
eterno defender-se, do mundo, das injustiças, do desamor.
Eu
não consigo mais viver assim, não quero mais isso. E o que fazer? Deixo
de ser eu mesma e agrado a todos, instantaneamente, pelo artifício do
fechar os olhos e ouvidos e fazer de conta? Abro o sorriso e finjo que o
mundo é como eu sonhava?
Sei que pareço uma garotinha triste
agora, entendo perfeitamente quem estiver lendo e pensando isso agora.
Não sou expert em viver, nem em sonhar, nem tão pouco tenho a fórmula
correta de como interagir. Procuro ser eu mesma. Sinto muito, essa
sempre foi minha vocação.
Quanto mais eu procuro mostrar
sempre minha verdade, mais percebo que não querem enxergá-la. Nem sei
mais o que pensar. To por fora da minha própria razão. O coração, nem se
fala, murchou. Murchou bastante hoje. Ficou pequenino diante dessa
tristeza. Tem coisas que me ferem muito mais do que possam imaginar:
injustiça é uma delas, ou a pior.
Hoje vou dobrar meus joelhos e orar pela compaixão, pela fé nas pessoas. A minha, a nossa, a do mundo.
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