segunda-feira, 24 de maio de 2010

35 anos

Vou fazer aniversário. Sexta-feira.
Que loucura, já se passaram 35 anos?
Eu não vi esse tempo passar, como foi rápido, foi tudo tão rápido, foram tantas coisas...
Em 35 anos de vida dá pra fazer muita coisa. Muita coisa pra uma pessoa normal.
No meu caso, é muita coisa ao quadrado!

Eu nasci uma vez, cresci todo dia um pouco, depois comecei a crescer pros lados, fiquei doente umas 1.000 vezes, levei uns 1.000 tombos, chorei mais de 100.000 vezes, com certeza. De dor, de amor, de feliz, de manha.

Fui à escola, me mudei 7 vezes, (Rio de Janeiro, Roraima, São Leopoldo, Lages, São Leopoldo, Sapucaia, São Leopoldo) fiz ballet, ginástica olímpica, joguei voleibol semi-profissional, virei manequim e modelo, fui Miss Brotinho, fui a Rainha do Colégio, fui Garota Verão e mais uns 20 concursos ganhei, aprendi a tocar violão, ganhei um violão, fui católica, dei o primeiro beijo, o segundo e mais uns quantos depois, me apaixonei umas 20 vezes, fui vendedora de boutique, virei cantora, montei a primeira banda, fiz uns 3.000 shows, fui produtora de bandas, perdi meus avós, me converti evangélica, namorei 5 vezes, noivei duas vezes, me casei uma vez, amei demais uma vez, briguei umas 100 vezes. Comprei um violão, me roubaram uma vez, comprei outro, achei o roubado, me roubaram o outro, comprei outro, vendi, comprei outro. Montei a banda Splash, fiz teatro, gravei um disco com Oswaldo Montenegro, gravei um disco infantil. Gravei mais de 1000 jingles publicitários.

Viajei pra França e Portugal, pra São Paulo, fui pro Rio de Janeiro, Bahia, Pernambuco.

Tive uma coluna sobre moda em uma revista, fui chefe do cerimonial do governo municipal de são leopoldo, entrei no Orkut, no Facebook, no Myspace, no Twitter, tenho dois sites, o meu e o da minha banda. Vendi roupas, perfumes, acessórios.

Fui traída umas vezes, nunca traí nenhuma vez, engravidei uma vez, perdi o filho essa vez. Me separei uma vez, me mudei pra Porto Alegre, reencontrei o meu primeiro namorado de infãncia, fiz rapel, escalei, pedalei, voei de balão, fui pro Espírito Santo, lancei um disco, ganhei uma guitarra.

Apresento um programa de televisão, divulgo meu trabalho, gravo jingles e locuções, estou apaixonada, nem tão correspondida assim, mas nem tudo está perdido.

Ufa...que mais? Ainda não escrevi um livro, ainda não tive um filho. Mas árvores e plantas, já plantei várias...

Ainda acredito no amor. Ainda acredito em Deus, ainda acredito na felicidade. Acho que nunca irei desacreditar...
Viu como dá pra fazer muita coisa em 35 anos? Eu é que sei...

terça-feira, 18 de maio de 2010

Incertezas

Sabe aquelas noites em que vc não sabe dizer se está feliz ou não?
Sensação estranha, mas duvido que alguém aqui já não tenha se sentido assim.
Vontade de sair voando, descobrir o que vem depois, depois de ontem, depois de amanhã...
Parece que o mundo deu uma parada e meu corpo quer continuar andando, algo me segura, eu não sei o que é...

Vontade e medo ao mesmo tempo de me apaixonar perdidamente e ser somente mais uma história sobre alguém que se joga demais, sente demais, ama demais.
Eu não sei. Por isso que às vezes pergunto: será?
Já fiz tanta coisa nessa vida, mas aquelas que eu mais queria que permanecessem me fugiram ao domínio.
mas e quem não se pergunta: será? um dia na vida, ou vários dias na vida?

Eu sei que eu vejo o mundo em vários tons de cores, várias notas musicais, e consigo observar uma pulsação forte por trás do peito de algumas pessoas. Mas algumas insistem em esconder, em deixar o coração batendo quase que de forma imperceptível. Por quê?

Eu insisto em dizer que não há o que temer... Tudo que precisa é ter vontade de ser feliz, de não passar à toa por esse mundo. Deixar frutos, pra que sua semente floreça e sua história não acabe nunca.

Cansei de avisar os desavisados de que a vida é curta. Passa num piscar de olhos. E é mesmo. Não to mentindo ou inventando. Eu sei bem dos meus anseios e sei que são poucos, mas eles estão aqui, dentro do meu peito. De um jeito que eu gostaria muito de poder arrancar, mas não me foi dado esse poder, infelizmente. E quem aí nunca sentiu isso?

Não eu não me envergonho de nada não. Minhas tentativas fracassaram algumas vezes mas eu sou guerreira e vou continuar tentando, jamais sendo mera coadjuvante de minhas histórias. São minhas, eu as faço, mesmo no fracasso. Quem tem ohos que leia, quem tem ouvidos que ouça e quem tem boca, que espalhe. O amor, espalhe o amor através das palavras, e já será um grande começo de papel principal.

Eu sou assim mesmo, não se assustem, nem questionem: pra me conhecer basta olhar nos meus olhos uma única vez, com atenção. Não escondo nada, nem jogo, nem fogo, nem choro, nem afago. É sempre tudo! É sempre muito! Ou não é, nem NADA!

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Acaso

Preciso ter alguém por quem suspirar de dia

Alguém em quem me aninhar à noite

Uma paixão repentina, daquelas que arrebate

Que me inspire um livro, uma música ou apenas um poema.

Que seja avassaladora por pelo menos um instante, mas todo dia um pouco.

Que seja fogo ou seja água, mas tenha vida, e me queime ou me encharque.

Que seja vento ou seja brisa, mas faça voar meus cabelos, e balançar meu vestido, e arrepiar os meus pêlos.

Que vire sonho ou realidade, mas que exista.
Não só na imaginação mas no toque, no beijo, no cheiro...

Seja abundante em risos e rico em afagos, pra que no dia em que transformar-se em amor, esse alguém saiba que foi eternamente o mais desejado.