Cansada? Dá uma olhada na cara da querida...
Pois é, hoje o dia começou cedo e terminou tarde. Passou rápido e quase não notei o estrago.
Estrago é modo dizer, tosco, mas é.
Na verdade é um turbilhão de coisas a fazer, pouco tempo pra executar e muito pra reclamar, isso é que é verdade.
Eu agora acordo de manhã, como todo mundo. Nem tanto assim, um pouco menos. Tá, explico: acordo de manhã, quando realmente é necessário, mas um pouco mais tarde do que a maioria de um grupo que eu conheço, mas não faço parte.
O normal é acordar das seis e meia até umas sete e meia, eu acho. Eu acordo pelas dez horas, tomo um chima, assisto o finalzinho da novela das oito hahahaha (brincadeirinha) Agora, falando sério, acordo pelas nove e meia ou dez horas mesmo, e saio sempre correndo, atrasada, sem comer nada, porque fico me ensebando na frente do espelho, troco umas duas vezes de botas e sempre acabo usando a mesma, tenho que dar sempre uma olhada nos emails, no orkut, no msn, na previsão do tempo, no orkut do meu marido, no site da minha banda, e por aí vai... vai, bem atrasadinha, correndo com a ipanema bordô, levando multa à torto e à direito pela 116. Na verdade nem tanta multa assim, umas duas esse ano só, mas sempre apertando o cu no fim do mês, com medo que venha mais alguma, perdida. Mas agora eu aprendi onde eles botam o pardal e fico cuidando a presença do bicho. Bom mas, do que é que eu tava falando mesmo?
Ah lembrei, do meu dia de hoje (já deu pra notar que eu sou um pouquinho evasiva né?)
Pois então, pasmem, eu acordei com uma pessoa me ligando, me dizendo que queria o número da minha conta pra me fazer um pagamento! Claro que eu achei que era sonho. Só podia ser: segunda-feira, nove horas da manhã, ao invés de me ligarem de algum escritório de cobrança, ou de um novo cartão de crédito que estaria disponível para mim com um considerável e tentador limite, me ligam para me pagar?!?
- Só pode ser sonho. Definitivamente.
Voltei a dormir. Lá pelas dez acordei valendo, com o despertador, mas novamente, não acreditei.
O frio que tava minha gente, uma loucura. Olhei pro lado, vi meu cachorro babando no travesseiro do Cauê:
- sai já daí, seu lóki (era o que ele diria, se por acaso visse, inda bem que não viu)
Bem que eu tava sentindo um bafo diferente na minha cara.
Onde é que eu tava mesmo? Ah tá, lembrei, acordando, quer dizer, falando da hora que acordei de verdade, mas insistia em não acreditar...
Às dez horas despertou o meu celular, decidi colocar na soneca. Acordei uns 15 minutos depois com ele gritando do meu lado. O celular, não o cachorro.
Aí fui me levantando, com a maior preguiça do mundo, lembrei da minha mãe quando ela vestia o meu irmão dos pés à cabeça, com 14 anos de idade pra ele ir pro colégio. Coisa de guri filho único né. Nunca tive esses privilégios, pó até as meias??? Inveja.
Mas tudo bem, sobrevivi.
Tudo bem nada, e o frio? E dê-lhe botar roupa. Meia calça por baixo da calça, polaina, blusão, luva, casaco de couro com lã por dentro, saí que era um boi gordo de dentro de casa. Depois de quase ter um ataque ao lavar o rosto com a água da torneira e me atrapalhar toda, como sempre, na hora de sair, sem saber onde estava a chave do carro, depois a chave da casa, colocando comida pros tubarões no aquário (sim, eu crio dois tubarões pequenos em casa), abrir e fechar a janela quatro vezes pra decidir se deixava aberta ou não por causa do frio, ufa, levei o cão pra passear um pouquinho.
O Bambam saiu do apartamento na maior faceirice. Claro ele já veio com pêlos, não sente o frio que eu sinto.
Desceu, foi lá, mijou em todas as árvores do condomínio, fez cocô (um monte de bolinhas que eu tive que juntar), deu uma banda legal e nem sentiu frio, por ele, ficava na rua tranqüilinho da silva.
Guardei o bicho e fui pegar o carro. Beleza, pegou de primeira. A álcool e no inverno, é quase motivo pra soltar fogos.
Já eram onze e lá vai pedrada, mas tudo bem, eu tava tão tranqüila quanto o Bambam, nesse quesito.
Peguei a 116, fui com calma dessa vez, cuidando os bichinhos indesejáveis como sempre. Passei no teatro Renascença pra comprar ingressos pro show do Fito Paez (pra mim e pra minha sogra), almocei sozinha ali na Goethe, Passei a tarde toda de estúdio em estúdio gravando, fui na Flórida, na Loop e na Lado B, beleza, hora de voltar pra São Léo.
Sempre dou uma passadinha no Café de Bordo na segunda de tarde, quando não tenho aula. Um cafezinho e o jornal eu não dispenso, encontro algumas amigas por ali sempre, comento sobre a minha correria diária, daí vem a parte da reclamação que eu falei antes. Dar aquela reclamada é bom, falar do tempo, do frio, da chuva, do sol, do cabelo que fica horrível, da gripe, da saudade da mãe e do pai, mal do marido, do vizinho, do prefeito, da falta de tempo pra fazer nada, de alguma comunidade do orkut, do governo federal, da corrupção, da miséria, da empregada doméstica, da sogra dos outros, do marido das outras. Mas calma aí, eu não disse “...pouco tempo pra executar e muito pra reclamar...”?
Então como é que eu consigo falar tudo isso aí em cima só enquanto tomo um cafezinho?
Aí é que tá, quem me conhece sabe que eu consigo mesmo....
Opa, ainda não acabou, cinco e meia tinha ensaio da banda. Lá fui eu, meio atrasadinha como sempre, mas tudo bem, cheguei e os splashianos tavam recém montando os equipos.
Sentei na sala e olhei um pouquinho da Malhação, um pouquinho da novela das seis, e eles ali, ainda montando, com toda a calma do mundo.
Cheguei a uma conclusão: é bem mais fácil ser homem, muito mais relax, descomplicado, tranqüilinho.
Mas isso já é uma outra história...
Ensaiei com os guris depois fui pra casa, olhei os emails, dei mais comida pros tubarões, olhei o meu orkut, a previsão do tempo pra amanhã, o orkut do meu marido, o site da banda, falei com o meu pai no telefone, com a minha irmã, depois saí de novo, fui até a casa da minha dela ver o meu sobrinho que ta dodói, voltei pra casa, e eles ainda tavam lá, no estúdio, jogando conversa fora, tocando, trabalhando, mas se divertindo ao mesmo tempo, bem mais relax, descomplicado, tranqüilinho. Seguindo: fiz um ranguinho e comi, junto com o Bambam que só come quando eu como, e dei uma arrumada na casa.
Tudo isso num só dia, e ainda deu tempo pra escrever tudo isso aqui.
E assim acabou mais um dia de Midian Almeida.
Agora vou tomar um banho quente e dormir, amanhã acordo cedo e vamos ver qual será o estrago, ou não.
Estrago é modo dizer, tosco, mas é.
Na verdade é um turbilhão de coisas a fazer, pouco tempo pra executar e muito pra reclamar, isso é que é verdade.
Eu agora acordo de manhã, como todo mundo. Nem tanto assim, um pouco menos. Tá, explico: acordo de manhã, quando realmente é necessário, mas um pouco mais tarde do que a maioria de um grupo que eu conheço, mas não faço parte.
O normal é acordar das seis e meia até umas sete e meia, eu acho. Eu acordo pelas dez horas, tomo um chima, assisto o finalzinho da novela das oito hahahaha (brincadeirinha) Agora, falando sério, acordo pelas nove e meia ou dez horas mesmo, e saio sempre correndo, atrasada, sem comer nada, porque fico me ensebando na frente do espelho, troco umas duas vezes de botas e sempre acabo usando a mesma, tenho que dar sempre uma olhada nos emails, no orkut, no msn, na previsão do tempo, no orkut do meu marido, no site da minha banda, e por aí vai... vai, bem atrasadinha, correndo com a ipanema bordô, levando multa à torto e à direito pela 116. Na verdade nem tanta multa assim, umas duas esse ano só, mas sempre apertando o cu no fim do mês, com medo que venha mais alguma, perdida. Mas agora eu aprendi onde eles botam o pardal e fico cuidando a presença do bicho. Bom mas, do que é que eu tava falando mesmo?
Ah lembrei, do meu dia de hoje (já deu pra notar que eu sou um pouquinho evasiva né?)
Pois então, pasmem, eu acordei com uma pessoa me ligando, me dizendo que queria o número da minha conta pra me fazer um pagamento! Claro que eu achei que era sonho. Só podia ser: segunda-feira, nove horas da manhã, ao invés de me ligarem de algum escritório de cobrança, ou de um novo cartão de crédito que estaria disponível para mim com um considerável e tentador limite, me ligam para me pagar?!?
- Só pode ser sonho. Definitivamente.
Voltei a dormir. Lá pelas dez acordei valendo, com o despertador, mas novamente, não acreditei.
O frio que tava minha gente, uma loucura. Olhei pro lado, vi meu cachorro babando no travesseiro do Cauê:
- sai já daí, seu lóki (era o que ele diria, se por acaso visse, inda bem que não viu)
Bem que eu tava sentindo um bafo diferente na minha cara.
Onde é que eu tava mesmo? Ah tá, lembrei, acordando, quer dizer, falando da hora que acordei de verdade, mas insistia em não acreditar...
Às dez horas despertou o meu celular, decidi colocar na soneca. Acordei uns 15 minutos depois com ele gritando do meu lado. O celular, não o cachorro.
Aí fui me levantando, com a maior preguiça do mundo, lembrei da minha mãe quando ela vestia o meu irmão dos pés à cabeça, com 14 anos de idade pra ele ir pro colégio. Coisa de guri filho único né. Nunca tive esses privilégios, pó até as meias??? Inveja.
Mas tudo bem, sobrevivi.
Tudo bem nada, e o frio? E dê-lhe botar roupa. Meia calça por baixo da calça, polaina, blusão, luva, casaco de couro com lã por dentro, saí que era um boi gordo de dentro de casa. Depois de quase ter um ataque ao lavar o rosto com a água da torneira e me atrapalhar toda, como sempre, na hora de sair, sem saber onde estava a chave do carro, depois a chave da casa, colocando comida pros tubarões no aquário (sim, eu crio dois tubarões pequenos em casa), abrir e fechar a janela quatro vezes pra decidir se deixava aberta ou não por causa do frio, ufa, levei o cão pra passear um pouquinho.
O Bambam saiu do apartamento na maior faceirice. Claro ele já veio com pêlos, não sente o frio que eu sinto.
Desceu, foi lá, mijou em todas as árvores do condomínio, fez cocô (um monte de bolinhas que eu tive que juntar), deu uma banda legal e nem sentiu frio, por ele, ficava na rua tranqüilinho da silva.
Guardei o bicho e fui pegar o carro. Beleza, pegou de primeira. A álcool e no inverno, é quase motivo pra soltar fogos.
Já eram onze e lá vai pedrada, mas tudo bem, eu tava tão tranqüila quanto o Bambam, nesse quesito.
Peguei a 116, fui com calma dessa vez, cuidando os bichinhos indesejáveis como sempre. Passei no teatro Renascença pra comprar ingressos pro show do Fito Paez (pra mim e pra minha sogra), almocei sozinha ali na Goethe, Passei a tarde toda de estúdio em estúdio gravando, fui na Flórida, na Loop e na Lado B, beleza, hora de voltar pra São Léo.
Sempre dou uma passadinha no Café de Bordo na segunda de tarde, quando não tenho aula. Um cafezinho e o jornal eu não dispenso, encontro algumas amigas por ali sempre, comento sobre a minha correria diária, daí vem a parte da reclamação que eu falei antes. Dar aquela reclamada é bom, falar do tempo, do frio, da chuva, do sol, do cabelo que fica horrível, da gripe, da saudade da mãe e do pai, mal do marido, do vizinho, do prefeito, da falta de tempo pra fazer nada, de alguma comunidade do orkut, do governo federal, da corrupção, da miséria, da empregada doméstica, da sogra dos outros, do marido das outras. Mas calma aí, eu não disse “...pouco tempo pra executar e muito pra reclamar...”?
Então como é que eu consigo falar tudo isso aí em cima só enquanto tomo um cafezinho?
Aí é que tá, quem me conhece sabe que eu consigo mesmo....
Opa, ainda não acabou, cinco e meia tinha ensaio da banda. Lá fui eu, meio atrasadinha como sempre, mas tudo bem, cheguei e os splashianos tavam recém montando os equipos.
Sentei na sala e olhei um pouquinho da Malhação, um pouquinho da novela das seis, e eles ali, ainda montando, com toda a calma do mundo.
Cheguei a uma conclusão: é bem mais fácil ser homem, muito mais relax, descomplicado, tranqüilinho.
Mas isso já é uma outra história...
Ensaiei com os guris depois fui pra casa, olhei os emails, dei mais comida pros tubarões, olhei o meu orkut, a previsão do tempo pra amanhã, o orkut do meu marido, o site da banda, falei com o meu pai no telefone, com a minha irmã, depois saí de novo, fui até a casa da minha dela ver o meu sobrinho que ta dodói, voltei pra casa, e eles ainda tavam lá, no estúdio, jogando conversa fora, tocando, trabalhando, mas se divertindo ao mesmo tempo, bem mais relax, descomplicado, tranqüilinho. Seguindo: fiz um ranguinho e comi, junto com o Bambam que só come quando eu como, e dei uma arrumada na casa.
Tudo isso num só dia, e ainda deu tempo pra escrever tudo isso aqui.
E assim acabou mais um dia de Midian Almeida.
Agora vou tomar um banho quente e dormir, amanhã acordo cedo e vamos ver qual será o estrago, ou não.
Um comentário:
Olha!!!!.....Bah!!!!
Postar um comentário