Esse blog é meu, mas também é do universo. Você pode ficar à vontade, não precisa concordar com tudo, só respeite para ser respeitado.
sexta-feira, 27 de julho de 2007
Ansiedade ou malandragem
Adolescente de meia idade?
Calma, não vou ficar chorando lamúrias por isso. Apenas uma constatação, e não pensem que isso me traz melancolia ou saudozismos baratos. Traz ótimas lembranças, boas de lembrar e de contar, isso sim.
Na verdade, só essa semana eu me dei conta que tenho 32 anos de vida, que já fiz uma caralhada de coisas, que já pintei e bordei, até na política eu trabalhei, e o pior: acreditei.
Entra ano e sai ano e pouca coisa muda, tanto que só hoje eu percebi que estou ficando velha, e olha que já faz um tempo que isso vem acontecendo gradativamente ou degradativamente :)
Sabe o que me fez notar isso? É que eu comecei a parar e observar as garotas mais jovenzinhas que eu, ali pelos 15 e 16 anos.
Será por isso que a gente vê os mais velhos sempre com um monte de roupa, casacos, cachecol, chapéu, luva, com aqueles sapatinhos com lã por dentro sabe?
Parece que a cada período a mais de vida, a gente vai acrescentando uma peça de roupa no vestuário, sobrepondo-as enlouquecidamente, e junto com isso, a temperatura vai baixando cada vez mais ao nosso redor, fazendo a gente realmente precisar se entrouxar.Tudo coisa da minha imaginação, é obvio.
Aqui em São Léo fez 4 graus e a gurias de 15, tudo de de mini-blusa.
Puts, confesso que não tenho a mínima vontade de botar uma frestinha sequer da minha pele à mostra no inverno. Por mim, eu andava tapada até os olhos, se pudesse não deixava nem eles de fora. Mesmo.
Essas gurias têm alguma diferença de temperatura corporal do que eu? Quando elas passam por mim eu fico pensando " ...tá, e o que que elas vão usar no verão?"
Uma senhora que tava do meu lado na fila do churrasquinho tascou: "é fogo no rabo, isso sim!"
Bom, que elas querem mostrar os conteúdos pra eles é verdade. Mas vale a pena passar frio por causa de um bofezinho a mais ou a menos no currículo?
Vai saber...Fico até pensando que eu é que sou friorenta demais, que me tapo toda sem necessidade, que eu devia mudar meus hábitos pra me sentir mais rejuvenescida talvez, ah, quem sabe né, dizem que o ser humano é feito por suas atitudes...
Resolvi fazer o teste.
Me arrumei. Pouca roupa: uma calça com polainas, um blusãozinho e uma jaquetinha curta, nada de barriga de fora né meu povo, vamos combinar que a tia aqui não tá com essa bola toda, mas, achei que tava quase próximo ao exagero que eu tinha visto naquelas gurias.
Bah minha gente, ninguém merece: que frio do caramba, nem o Rodrigo Santoro vale o frio que eu passei, isso que nem tava tão frio quanto na outra noite.Nunca mais, podem me chamar de velha se quiserem...Mas quem tá se auto-intitulando velha sou eu né...ninguém me falou isso, fui eu que constatei.
Cheguei à seguinte conclusão: é tática de conquista mesmo. As tchutchucas querem mostrar a buzanfa, a barriga, o cofrinho, os peitos, tudo de mão beijada pros meninos, porque tá escasso esse negócio de homem no mundo mesmo, e mais vale um pau na mão do que dois na......mão das outras né. É concorrência moçada, vale tudo, briga de bugio, Deus nos acuda, e apague esse fogo dessas gurias pelo amor dele mesmo, e dos pais delas coitados, nem sonham...
O problema é que depois já fica tudo assim, tão explícito, tão escancarado, que perde a graça que tinha no meu tempo.
Viu? Papo de velha! "No meu tempo isso, no meu tempo aquilo..." Quantas vezes eu me peguei falando isso só nesse ano...
Mas é verdade, tudo era mais implícito, mais intrigante, mais misterioso no meu tempo. Eles tinham a maior curiosidade de saber como era a nossa busanfa, a barriga, o cofrinho, os peitos.
Não era nada de mão beijada, aliás mão beijada até rolava, mais um beijos e uma mãozinha aqui e ali depois de algumas semanas de ficação. Agora, nego chega e já vai beijando e botando a mão e pá, se rolar um química, que nem eles dizem, já vão até pro abate.
Pois é, eu descobri essa semana que estou ficando velha. Fui assistir um show e não aguentei ficar em pé o tempo todo. Dói aqui, dói ali, já não dá. Achei que o som tava alto demais, que o cantor fazia pose demais e cantava de menos.
Mas tudo bem, tem uma coisa que eu sei bem: as minhas lembranças do que foi minha juventude, dos meus 15, 16 anos, é uma coisa boa de se lembrar, boa de contar.E olha que não faz tanto tempo assim...exatamente 16 anos atrás.
Eu não precisava mostrar a busanfa, a barriga, o cofrinho e os peitos pra conquistar ninguém, bastava um bom papo, um olhar discreto e elegante, um bilhetinho ou aquela reboladinha a mais ao passar por ele, e o frio na barriga rolava, era bom, era puro. Se eu mostrasse, era tudo durinho, sem celulite, sem barriga, uma bonequinha com o verdadeiro frescor da virgindade (oh, quanto saudosismo barato...)
Ficar era só beijo na boca, carinho no rosto, andar de mão dada, aquele amasso na parede da danceteria ou da garagem, uma mãozinha boba que a gente tinha que tirar pro lado quando ia escorregando pra baixo da cintura. Mas isso eu posso contar pros meus filhos, pros meus netos ou pros meus avós, ninguém vai "ficar de cara" por ouvir.
Mas imagina uma guria de 15 ou 16, dessas de hoje, contando pras filhas ou pros avós:
- Bah filha ou bah vó, no meu tempo era assim: uma vez eu cheguei na festa com a calça legging atolada no meio da bunda com a cintura bem abaixo pra mostrar a marca do biquíni e o cofrinho, uma blusinha bem decotadinha pra todo mundo ver meu silicone e a minha barrigona bem escancarada mostrando o meu piercing (e um monte de celulite que eu adquiri só comendo no Mc Donalds), já fui logo procurando o carinha pra quem eu ia dar naquela noite, pois já tinha combinado tudo pelo msn. Olhei pra ele, ele me olhou, já foi chegando, rolou uns beijos, uns amassos, ele apertou minha bunda, pegou nos meus peitos, nos demos umas esfregadinhas ali na festa mesmo e quando já estávamos de saco cheio de dançar, fomos pro banheiro da casa da aniversariante e eu dei pra ele. Daí depois eu até fiquei com outro carinha, mas aí foi só pegação mesmo.
Diante de tudo isso, acabo de perceber que na verdade estou mesmo é na flor da idade, pois muitas dessas meninas de 15 de hoje, têm muito mais quilômetros rodados do que eu.
Acho que a velhas são elas. Eu ainda me sinto uma descobridora dos sete mares, e como é bom saber que ainda têm muita coisa boa por vir, pois eu e a minha geração não colocamos a carroça na frente dos bois.
Depois de algum tempo elas vão se dar conta que mostraram tudo assim tão de cara, tão na lata, pra eles, que eles vão querer conhecer outras e outras pra buscar coisas novas, pois ali já não haverá nada de novo pra descobrir à dois.
quinta-feira, 26 de julho de 2007
quarta-feira, 25 de julho de 2007
Grande show
A expectativa era grande, há sempre uma cobrança natural das pessoas, caso o show não coloque gente pra dentro. É que oito pila$ é meio caro, e às sete da noite é um horário meio complicado pra tocar, muita gente ainda chegando na festa, não tinha a mínima idéia do que iria acontecer.
Aos poucos o povo foi começando a chegar, e logo foi se abarrotando todo, em frente à grade de contenção.
Claro que eu sabia que o alvoroço era por causa do Papas da Língua, que iria fazer o show prinicipal da noite, mas, grandes coisas, aqui dentro da minha fértil imaginação eu posso pensar o que eu quiser, posso acreditar com todas as minhas forças que eles estavam ali só pra ver a minha Splash tocar.
Tinha uma monte de crianças - ah e como eu adoro tocar pra elas - são fiéis, puras, verdadeiras e tem um gosto simples, daquele tipo que basta um sorriso e um olhar e tudo fica perfeito.
Começamos com um som nosso."Só mais uma vez": A energia que eu senti ao tocar essa música (detalhe: lançamento em primeiríssima mão) foi uma coisa muito nova pra mim, foi como se tudo estivesse começando do zero e ao mesmo tempo já estivesse pra lá de estourado, sei lá, uma doideira.
No final dela, muitos aplausos, as luzes do público se acendem e eu vejo as caras dos amigos conhecidos, dos amigos passageiros, aqueles que a gente conhece no final dos shows e acabam virando o nosso público fiel. Eu vi gente que há muito não via, mas que lá estavam, curtindo, mostrando que não nos esqueceram. Eu acenava pra todo mundo que eu podia, gosto disso, mostrar que eu sei que eles estão ali, que são importantes pra mim. Eu vi o pessoal da STV presente, a minha amigona Neiva bem no meião, curtindo a nossa música, foi muito massa.
Shakira, Jota Quest, Kid Abelha, Bob Marley, RPM, Ana Carolina...tudo na nossa concepção, nem tão fiel nem tão diferente: a gente.
Da metade do show em diante é que eu pude me soltar de verdade, já tinha me conformado com a precariedade do som no meu retorno, comecei a dançar e a curtir.
Foi maravilhoso, o público respondia às minhas chamadas pra cantar,vibravam ao final de cada música, e eu me esbaldava naquela palcão, me achando a própria Ivetinha, linda, saída e metida. Falando nisso, não deu tempo de tocar a saideira, que era Berimbau Metalizado da Veveta, pena. Mas...
Olhava pro lado e via o Cauê na mesma curtição, tocando pra caralho, inspiradíssimo, do outro lado o Negão com seu altíssimo astral de sempre, arrebentando na groveira, o Johnny na batera super concentrado, tocando muito, suingueira total. Pedro e Patrick a postos pra qualquer problema que desse. Eu tava segura: lá na frente, ninguém menos que o meu produtor Cássio Letona operando o som e o Kalcinha na luz.
Ainda tinha um câmera filmando tudo, e eu me sentindo, fazendo pose, caras e bocas...pra mim era a Globo ou a MTV, nem tô, ninguém manda no meu pensamento.
Foi um puta show, a gente curtiu, o povo curtiu, eu até dei aquela choradinha básica à la Midian Almeida, no final do show, foi muito massa.
Na última música, que era a nossa "Quantas", chamei a galera pras palmas e o povo veio pra festa. Foi emocionante e inesquecível, eles terminaram o show com a gente.
Eu agradeço, de coração, à Secretaria de Cultura e à Prefeitura, aos amigos vereadores Ana Affonso e Alexandre Schu pelo apoio, à Estética Luce (pelas mãso na minha grande amiga Inês), à academia Ginga Nativa, ao Kalcinha dos Formigos que me emprestou o Ear Phone, ao Daniel nosso maior fã e incentivador, Carmem e Silvia, e à todos que de alguma forma contribuiram, seja com sua presença, seu sorriso, seu pensamento positivo e sua amizade.
Depois de descer do palco, fui dar uma tietada nos brothers do Papas, de cara encontrei o Cau Netto, que é mais do que um amigo e ficamos trovando ali, um monte músicos trocando idéias, informações, contatos, muito bom isso também, clima de circuito, clima de integração.
No camarim do Papas um entra e sai, e nós ali só esperando pra uma fotinho, até que a gente foi convidado a entrar e a galera foi super receptiva, Moah, Léo, Pesão e Zé Natálio super queridos, ficamos um pouquinho ali e fomos pro corredor que tava mais tranquilo.
terça-feira, 24 de julho de 2007
Eu sou uma das cantoras do disco, que traz músicas/histórias de Maninha Pedroso e participações dos artistas : Ana Krüger (Delicatessen) Neto Fagundes, Luiza Caspary, Lúcia Severo, Isabela Fogaça e Rafael Brasil, coros infantis, produção de Rafael Brasil .
Vcs encontram à venda nos supermecados Zaffari Bourbon de todo o RS por a pequeníssima bagatela de R$ 8,90.
Um lançamento Radioativa Music.
Comprem, comprem, comprem! A criançada merece escutar música boa.
Dia 12 de outubro é dia das crianças então, dê um cd Lulú e Lelé - Histórias Cantadas pras crianças que vc conhece e ama.
Mid
Mundo Virtual
Já ouvi muita gente dizendo " mas isso não se pode levar à sério, é só virtual", faça-me o favor!!!
Nem se vc não quiser ser achada de jeito nenhum por aquele mala do seu primeiro namorado da escola, que tá louco pra ver se vc está gostosa como ele fantasiou a vida toda, e até acha que vc ainda morre de amores por ele, isso é possível.
Coloca teu nome no Google e tu vais ver minha filha! Dá até medo...
Esses dias eu coloquei meu nome: Apareceu em primeira mão uma bela reportagem dizendo que eu tinha sido denunciada na polícia por exercício ilegal da profissão. Que vergonha (era o que diria a minha vó, eu não né, olha pra minha cara...
Bom, mas esse é outro caso...
Mas voltando ao planeta dos macacos...tem gente que até casa pela internet meu povo. Isso pode parecer doido mas faz uns dois anos que eu não recebo um telefonema do meu irmão que mora em São Paulo. Ele só quer falar comigo pelo tal de msn.
Eu me recuso.
Não quero, não quero, não quero.
Sou do tipo que precisa ouvir a voz, pra ter certeza de que está bem, quero que me ouçam também, tanto que eu não desgrudo um minuto do meu celular, esperando as ligações de todo mundo que quiser prosear, falar besteira, qualquer coisa.
Meu irmão comprou uma web cam pro meu sobrinho poder ver os parentes e não esquecer de como gente é. O problema é se o guri resolve me confundir com alguma grande atriz de novela, já que ele só me vê na telinha do micro ultimamente.
Ah, mas agora já pode falar pela internet também.
Não tem mais volta.
Bom, daqui há pouco ninguém mais vi sair de casa , o mundo será um deserto de pessoas. A natureza vai voltar a brotar e sobrarão poucos malucos bichos-grilos pela rua pra contar a história de como o mundo chegou à esse ponto:
2050 - A pessoa acorda, pede o café da manhã à sua secretária virtual que fica em casa também. Ela transmite o pedido à sua padaria virtual preferida (que é real porque senão não tinha cacetinho quentinho)
Beleza
A pinta trabalha em casa, compra, vende, faz negócios com o mundo inteiro, uma tele-conferência com o governador da Califórnia, mais um bando de empresários do ramo do entretenimento virtual, tudo sem tirar sua bunda gorda da sua confortável poltrona reclinável com controles ergométricos ultra-modernos que monitoram sua saúde 24 horas por dia. É claro, interligada à um banco de dados onde os médicos do mundo todo estão sendo consultados a todo o momento em que alterações patológicas acontecem.
Ao meio dia ele já pode solicitar seu almoço, que chega na porta de casa através de um tele-transporte. Come, se desconecta um pouco pra dar aquela sestiada boa, pelas duas da tarde acorda, volta a se conectar.
Vai ao banco, sem sair de casa é claro, faz suas movimentações e investimentos, uma maravilhatecnologica esse mundão.
Já são nove horas, depois da janta, deu saudade da família.
Ele volta à sua super ultra mega maxi poltrona, liga a televisão de plasma óptico e conecta-se tomando aquela ceva geladinha em 2 segundos, através do dispositivo termo-reversor. Entra no messenger e lá está sua irmã, já falando com a outra irmã. Conversam sobre tudo, os três, como se estivessem no mesmo ambiente. Depois de duas horas de papo de família, um ícone começa a piscar no rodapé da imensa tela. É a Suzaninha chamando atenção.
Suzaninha é uma super gata que ele conheceu num site de relacionamentos. Faz dois dias que estão trepando virtualmente.
Começam a conversar e sem muitas delongas começam a tirar a roupa. O clima esquenta e ele nem se ligou que a irmã dele tá ali, bem na frente dele, virtualmente, mas tá.
A conversa vai ficando cada vez mais picante e começam a dizer coisas obsenas e fazer gestos e poses sensuais. Inda bem que ele desligou a sua imagem pras irmãs, senão imagina a cara das queridas!
Até que enfim o casal mais íntimo do mundo virtual goza. Tem coisa mais real que isso?
Antigamente, e não tanto assim, bem dizer hoje, no caso, era só por telefone. Mas imagina que o cara podia estar falando com uma baita de uma feiosa semsaber. Só valia a imaginação. Tá louco, e ainda tinha que pagar caro pelo serviço. Ambos. O da telefonia e o da moça.
Voltando...
Depois muito sexo virtual, o que bate no cara é a solidão. Pensa bem: vai dormir sozinho, não tem com quem conversar de verdade, no tétiatéti.
É a única hora em que o cara é obrigado a sair de casa: colo de mãe e abraço de pai só rola se for pessoalmente, eles não compactuam com essa maluquice toda.
quinta-feira, 19 de julho de 2007
Curiosos e obsessivos do Orkut - Que meda...
Me deu vontade de perguntar o porquê da grande curiosidade em saber da minha vida. Entrei no perfil dela e tasquei: "eu queria entender porque tanta curiosidade em saber da minha vida."
Primeiro me respondeu : "Olá Midian !obrigada pela visita!sobre sua pergunta...tenho varias curiosidades, voce nem imagina o quanto!grande bju."
Eu respondi: "mas isso é muito fácil de resolver, é só perguntar que eu respondo. Ou um remedinho pra T.O.C... "
Era simples, só perguntar que eu respondia.
Pra entender:
Uma pessoa que faz exatamente o que eu faço (cantora), que eu não conheço a não ser de vista, vira e mexe está seu nomezinho lá, visitando meu perfil. É de se estranhar. Já me disseram: " isso aí é inveja...vai te benzer"
Ah, faça-me o favor, inveja?
Fui perguntar pro Dr. Marco se isso era possível, me respondeu: " é normal as pessoas terem inveja, elas só tem inveja de quem elas admiram. Se vc não admira a pessoa, não irá se importar com o que ela faz ou deixa de fazer, não é mesmo?"
A partir daí comecei apensar um pouco diferente acerca da inveja: inveja e admiração são a mesmíssima coisa minha gente. Só que é funciona assim: vc pode ter admiração sem ter inveja, mas nunca inveja sem ter admiração. Mas é que às vezes a coisa pode virar obsessão, daí é que é problema mesmo. Por tanto, o remedinho pra T.O.C. que eu recomendei não tava tão errado assim. (Notaram que eu tenho mania de diagnosticar e já dar o remédio, de médico e de louco todo mundo tem um pouco né, então tá valendo...)
Eu sei que um monte de gente olha o meu perfil, tá ali, exposto, e até acho maravilhoso que isso aconteça, afinal eu entrei nesse lance pra divulgar meu trabalho e pra encontrar amigos perdidos por aí, parentes, novos colegas, gente da minha área... etc etc.
Mas uma mulher, ficar entrando no teu perfil toda hora, assim do nada, é meio esquisito. Achei que ela podia ser sapata e estar interessada nesse corpinho hihihi, mas não é o caso . Fui dar uma conferida.
Descobri mais umas coisas que me inquietaram:
Os três caras que tocavam na minha banda, baixista, baterista e guitarrista, estão tocando com ela agora. Tchan tchan tchan tchannnnn (..suspense...) isso daria um filme de quinta categoria, tipo cinema trash. (bom se vcs vissem o perfil da pessoa, iriam ver que ela mesmo poderia fazer o papel da malvada vilã, uia)
- AI, BATEU O MEDO-
Puts, será que ela vai querer o meu marido também??? Só falta isso, daqui há pouco é capaz de querer...Bom, mas aí vai ser mais complicado né...E se ela me matar? E se ela sabotar o freio da minha ipanema vermelha? E se ela colocar veneno na minha caixa dágua hã hã hã...vcs pensam que essa história termina por aqui, pensam? (Roubei o jargão do Tangos e Tragédias)
Sinceramente me preocupa um pouco essa história, sei lá, esse mundo maluco aí, vai que estamos realmente lidando com uma pessoa obsessiva compulsiva e eu sou o foco agora, uiaaaa.
Se ela começar a escrever um blog assim do nada que nem eu, se comprar uma ipanema vermelha, um poodle cinza e casar com um guitarrista é realmente um caso mais sério, digno de doses fortes de anti-depressivos.
Pois tem algo mais deprê do que querer ser outra pessoa, não se conformando, ou não gostando do que vc é ou achando que a vida do outro lhe cabe?
Então, a garota nem sequer sabe o que significa T.O.C., me respondeu isso: "o q é t.c.o ?não conheço esse tipinho de linguajar. "
Puts, será que ela pensou que era algo obseno? Tenha dó né...
Aí, pra finalizar a novela mexicana me veio com essa:
ahh, e só para encerrar o assunto...eu olho o perfil de quem bem entendo assim como vc ( me impressiona sua hipocrisia ).Assim como tenho o direito de não querer q meu perfil tenha recadinhos de baixo nivel, e como ja conheço seus antecedentes, estou cortando o mau pela raiz..acabei de bloquea-la, mas não se preocupes, podes continuar me visitando...só não aceitarei mais seus adoráveis testemunhos avisando q esteve por lá !é impressionante, posso até visitar perfis alheios mas não me dou ao trabalho de perguntar a casa um q me q me visita, o "porq " de estar alí...hehehehe chega a ser cômico pelo jeito estás sem muita ocupação, quem sabe mais trabalho... ou talvez um filho...ocupe mais o seu tempo.bjãoooo e sucesso !!!
Minha simples pergunta virou "recadinhos de baixo nível"e eu "impressiono com minha hipocrisia", sou "desocupada" e "sem filhos" De lambuja ganhei um "bjãoooo e sucesso!!!"
E eu é que sou doida...mas, quem mandou mexer com o transtorno obsessivo compulsivo dos outros né...
São 3h e 50 minutos da manhã e eu cheguei de um show agora há pouco. 10 minutinhos pra escrever isso aqui é suficiente, o material é farto...
Vontade de ficar mais, mas o assunto nao é tão importante assim, só é engraçado...
Outra hora eu conto mais, desses tipos aí...SE EU SOBREVIVER UUUUUUUUUUUUU!
terça-feira, 17 de julho de 2007
Mais um dia
Estrago é modo dizer, tosco, mas é.
Na verdade é um turbilhão de coisas a fazer, pouco tempo pra executar e muito pra reclamar, isso é que é verdade.
Eu agora acordo de manhã, como todo mundo. Nem tanto assim, um pouco menos. Tá, explico: acordo de manhã, quando realmente é necessário, mas um pouco mais tarde do que a maioria de um grupo que eu conheço, mas não faço parte.
O normal é acordar das seis e meia até umas sete e meia, eu acho. Eu acordo pelas dez horas, tomo um chima, assisto o finalzinho da novela das oito hahahaha (brincadeirinha) Agora, falando sério, acordo pelas nove e meia ou dez horas mesmo, e saio sempre correndo, atrasada, sem comer nada, porque fico me ensebando na frente do espelho, troco umas duas vezes de botas e sempre acabo usando a mesma, tenho que dar sempre uma olhada nos emails, no orkut, no msn, na previsão do tempo, no orkut do meu marido, no site da minha banda, e por aí vai... vai, bem atrasadinha, correndo com a ipanema bordô, levando multa à torto e à direito pela 116. Na verdade nem tanta multa assim, umas duas esse ano só, mas sempre apertando o cu no fim do mês, com medo que venha mais alguma, perdida. Mas agora eu aprendi onde eles botam o pardal e fico cuidando a presença do bicho. Bom mas, do que é que eu tava falando mesmo?
Ah lembrei, do meu dia de hoje (já deu pra notar que eu sou um pouquinho evasiva né?)
Pois então, pasmem, eu acordei com uma pessoa me ligando, me dizendo que queria o número da minha conta pra me fazer um pagamento! Claro que eu achei que era sonho. Só podia ser: segunda-feira, nove horas da manhã, ao invés de me ligarem de algum escritório de cobrança, ou de um novo cartão de crédito que estaria disponível para mim com um considerável e tentador limite, me ligam para me pagar?!?
- Só pode ser sonho. Definitivamente.
Voltei a dormir. Lá pelas dez acordei valendo, com o despertador, mas novamente, não acreditei.
O frio que tava minha gente, uma loucura. Olhei pro lado, vi meu cachorro babando no travesseiro do Cauê:
- sai já daí, seu lóki (era o que ele diria, se por acaso visse, inda bem que não viu)
Bem que eu tava sentindo um bafo diferente na minha cara.
Onde é que eu tava mesmo? Ah tá, lembrei, acordando, quer dizer, falando da hora que acordei de verdade, mas insistia em não acreditar...
Às dez horas despertou o meu celular, decidi colocar na soneca. Acordei uns 15 minutos depois com ele gritando do meu lado. O celular, não o cachorro.
Aí fui me levantando, com a maior preguiça do mundo, lembrei da minha mãe quando ela vestia o meu irmão dos pés à cabeça, com 14 anos de idade pra ele ir pro colégio. Coisa de guri filho único né. Nunca tive esses privilégios, pó até as meias??? Inveja.
Mas tudo bem, sobrevivi.
Tudo bem nada, e o frio? E dê-lhe botar roupa. Meia calça por baixo da calça, polaina, blusão, luva, casaco de couro com lã por dentro, saí que era um boi gordo de dentro de casa. Depois de quase ter um ataque ao lavar o rosto com a água da torneira e me atrapalhar toda, como sempre, na hora de sair, sem saber onde estava a chave do carro, depois a chave da casa, colocando comida pros tubarões no aquário (sim, eu crio dois tubarões pequenos em casa), abrir e fechar a janela quatro vezes pra decidir se deixava aberta ou não por causa do frio, ufa, levei o cão pra passear um pouquinho.
O Bambam saiu do apartamento na maior faceirice. Claro ele já veio com pêlos, não sente o frio que eu sinto.
Desceu, foi lá, mijou em todas as árvores do condomínio, fez cocô (um monte de bolinhas que eu tive que juntar), deu uma banda legal e nem sentiu frio, por ele, ficava na rua tranqüilinho da silva.
Guardei o bicho e fui pegar o carro. Beleza, pegou de primeira. A álcool e no inverno, é quase motivo pra soltar fogos.
Já eram onze e lá vai pedrada, mas tudo bem, eu tava tão tranqüila quanto o Bambam, nesse quesito.
Peguei a 116, fui com calma dessa vez, cuidando os bichinhos indesejáveis como sempre. Passei no teatro Renascença pra comprar ingressos pro show do Fito Paez (pra mim e pra minha sogra), almocei sozinha ali na Goethe, Passei a tarde toda de estúdio em estúdio gravando, fui na Flórida, na Loop e na Lado B, beleza, hora de voltar pra São Léo.
Sempre dou uma passadinha no Café de Bordo na segunda de tarde, quando não tenho aula. Um cafezinho e o jornal eu não dispenso, encontro algumas amigas por ali sempre, comento sobre a minha correria diária, daí vem a parte da reclamação que eu falei antes. Dar aquela reclamada é bom, falar do tempo, do frio, da chuva, do sol, do cabelo que fica horrível, da gripe, da saudade da mãe e do pai, mal do marido, do vizinho, do prefeito, da falta de tempo pra fazer nada, de alguma comunidade do orkut, do governo federal, da corrupção, da miséria, da empregada doméstica, da sogra dos outros, do marido das outras. Mas calma aí, eu não disse “...pouco tempo pra executar e muito pra reclamar...”?
Então como é que eu consigo falar tudo isso aí em cima só enquanto tomo um cafezinho?
Aí é que tá, quem me conhece sabe que eu consigo mesmo....
Opa, ainda não acabou, cinco e meia tinha ensaio da banda. Lá fui eu, meio atrasadinha como sempre, mas tudo bem, cheguei e os splashianos tavam recém montando os equipos.
Sentei na sala e olhei um pouquinho da Malhação, um pouquinho da novela das seis, e eles ali, ainda montando, com toda a calma do mundo.
Cheguei a uma conclusão: é bem mais fácil ser homem, muito mais relax, descomplicado, tranqüilinho.
Mas isso já é uma outra história...
Ensaiei com os guris depois fui pra casa, olhei os emails, dei mais comida pros tubarões, olhei o meu orkut, a previsão do tempo pra amanhã, o orkut do meu marido, o site da banda, falei com o meu pai no telefone, com a minha irmã, depois saí de novo, fui até a casa da minha dela ver o meu sobrinho que ta dodói, voltei pra casa, e eles ainda tavam lá, no estúdio, jogando conversa fora, tocando, trabalhando, mas se divertindo ao mesmo tempo, bem mais relax, descomplicado, tranqüilinho. Seguindo: fiz um ranguinho e comi, junto com o Bambam que só come quando eu como, e dei uma arrumada na casa.
Tudo isso num só dia, e ainda deu tempo pra escrever tudo isso aqui.
E assim acabou mais um dia de Midian Almeida.
Agora vou tomar um banho quente e dormir, amanhã acordo cedo e vamos ver qual será o estrago, ou não.