quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Vida ou Morte, é questão de ótica

Ando pensando na morte.

Não, calma, eu não tô deprê não. Porquê? Pensar na morte tem que ser algo necessariamente deprê? Não acho.

Se pensássemos mais acerca da morte, talvez soubéssemos conviver melhor com sua iminência.





É que nossa vida é como se fosse um ônibus, que passa todos os dias no mesmo ponto, no mesmo horário. Se um dia a gente se atrasa ou se ele não passa, por qualquer motivo que seja, a gente o perde, e acaba não embarcando pro resto da vida.
Nós somos como folha seca, que se desprende da sua árvore num vento de outono.


Vida é frágil, como chama de vela.
Nós somos como vela, algumas duram bastante e vão se apagando lentamente, outras basta um pequeno soprinho e se apagam facilmente.


Sei lá, não entendo os porquês, mas procuro compreender, é menos doloroso assim. Minha fé me faz assim, nada cética, totalmente crente. E como eu creio que a vida nos foi emprestada por Deus, pra que a gente aprenda com ela, eu sei que o tempo de aprendizado, quem decide é o mestre. A hora em que ele achar que estamos prontos pra passar pra próxima fase, já é! Ou a hora em que chegar à conclusão de que é um caso perdido, talvez...vai saber né...

Mas...

Tem gente que fecha os olhos, vivo, e não acorda mais, passa a vida sonhando com uma vida que não é a sua. Outros já morreram faz tempo, só esqueceram de fechar os olhos. Tem até quem se esqueça de viver o presente, só lembrando do passado ou querendo descobrir o futuro.


Eu acho estar verdadeiramente vivo, é sentir-se pleno, por dentro, por fora, nesse ou noutro plano. O resto não pode ser considerado vida.

Tanto que tem gente que morre e permanece vivo. Isso é que é vida de verdade.

Vida é permanecer vivo, mesmo após a morte. Vida é gostar de acordar, gostar de sair pra rua, gostar de ver as pessoas, de ouvir as crianças gritando na rua, ter prazer ao ouvir uma boa música.

Os maiores representantes dessa raça que realmente vive, me parecem ser os poetas. Eles são os mais insistentes nessa causa.
Suas palavras são inspiradas nas pequenas coisas que fazem a gente se sentir vivo.
E permanecem, pra sempre. Junto com as suas histórias, suas loucuras, suas viagens.

Poetas são eternos, por isso eu sempre imagino que os anjos são os poetas que já partiram. Anjos são músicos, isso já diz, faz tempo. Mas que os poetas também têm sua cadeira cativa ali pertinho do todo poderoso, ah têm.

Bom, mas...
O negócio é ficar tranquilo, esperar o ônibus, mas se ele um dia não vier, não desesperar-se jamais. O que importa é aquilo que se faz enquanto se está aqui na Terra. É melhor dar atenção às pessoas quando elas estão conosco, ficar rezando depois que elas já se foram não adianta lhufas. Morto é morto, acabou.

Gente viva é que precisa de oração, de cuidados. Quem se foi, fica na lembrança, naturalmente, se assim merecer.

Eu só espero que nenhuma brisa ou vento me apague. Que eu seja uma vela daquelas que se apagam lentamente, só na hora em que sua luz já esteja bem de saco cheio de iluminar.



Mas isso, quem decide é o maestro da banda lá de cima. Na hora em que estiver precisando de mais alguém pra engrossar o côro, tô aqui, pronta pra estreia!
Mas quero permanecer, tá?

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Com sua licença, essa sou eu

Não, eu não uso photoshop nas minhas ideias, nos meus pensamentos, nas minhas convicções. Não tenho interesse em agradar A ou B, nem de ser politicamente correta o tempo todo. Muito menos de me preservar. Eu preservo, em primeiro lugar, a coerência do que sou com o que digo, do que penso com o que ajo, do que aprendo com o que ensino. Ou, ratifico, não seria eu.

Somos livres para dizer o que queremos, e temos o dever de aprender a aceitar as diferenças, pois essa é a condição para que a verdadeira democracia sobreviva e se efetive. Também não critico, nem condeno os que pensam diferente de mim, os que agem diferente de mim, deixo-os em paz, com seus pensamentos, mas quero a recíproca.

Creio que o silêncio carregue julgamentos, que esconda algo pensado e não dito. A palavra, pra mim, é sempre mais justa e sincera, pois dá a oportunidade da defesa e principalmente, do contraponto sadio.

Tenho mais medo dos que silenciam em público, e utilizam-se dos bastidores, para se preservarem. Não é uma crítica, é apenas uma constatação. Eu prefiro essa transparência. Também respeito quem prefere ficar na posição confortável do observar.

Quando a gente entra numa rede social, sempre haverão aqueles que interagirão, e os outros que apenas observarão. Gosto mais dos que interagem, honestamente. Dos que me observam, boa parte está a me julgar. E isso é o que eu acredito ser o cômodo, o oportuno. Não quero aqui dizer que não gosto dos que observam. Não mesmo! Apenas espero deles, que além de observar e optarem por não interagir, respeitem a maneira com que cada um decide agir ou simple e naturalmente se comporta.

Ontem eu conversava com uns amigos e dizíamos que tá ficando um saco esse negócio de ter que cuidar o tempo todo o que se fala, porque pessoas se ofendem até com um :( ou um ;) ou um \o/ que você publica. Há um exagero do politicamente correto, que todos os dias mudam a forma como devemos nos referir à alguém ou a um grupo de pessoas, como se o que está, de fato, por trás delas ou incrustado nelas fosse mudar, como se sua condição mudasse, em função da forma como me manifesto sobre elas. Minha conduta é humana, é simples, não tem rusgas eminentes, não é esse meu intuito. Se eu escrever aqui sobre os portadores de necessidades especiais, não quero ofender ninguém, e sei que são pessoas iguais a quaisquer outras, não é a nomenclatura que vai mudar o que eu penso sobre elas.

Chamo o branco e o negro de "cara",  a mulher e a guria de "moça", por simples hábito, mas se um dia quisesse chamar o idoso de "velhinho", qual o problema? Mudou o significado da palavra "velho" no dicionário? Passou a ser xingamento? é isso?
Acho horroroso chamar um negro de moreno, como se dizer "negro" fosse uma ofensa. Que merda é essa? Quem inventou essa joça? Não, eu to fora.

Não me rotulem, não me criem carapaças, me deixem transpirar naturalmente, deixem-me dizer o que sinto e o que penso. Trinta e sete anos já me permitem alguma autoridade sobre mim mesma ou não ainda?

O silêncio carrega julgamentos, esconde algo pensado e não dito. A palavra é mais justa e sincera, pois dá a oportunidade da defesa e principalmente, do contraponto.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Beira Rio, nossa casa é Gigante, para sempre

                                                                    Projeto Novo Beira Rio
     

Pensei uma coisa hoje, ao passar pela Freeway. Está lindo o novo estádio do Grêmio, parabenizo aos arquitetos, aos trabalhadores, todos que fizeram o lugar acontecer. 

O que vou dizer agora, nada tem a ver com inveja, ou coisa parecida. Internacional e Grêmio são dois grandes times, que orgulham suas torcidas, cada um com suas peculiaridades. Claro que o Campeão de Tudo é, para mim, o maior, pois nunca teve mancha ligada ao preconceito em sua história, nem tão pouco passou por rebaixamentos. É o clube do povo, mas isso é um capítulo à parte, todos já conhecem.

Mas o que vim aqui dizer é que, ao contrário do que eu pensava há algum tempo atrás, e aqui quero dizer que não tenho problema nenhum em mudar de opinião, acho que foi melhor mesmo o Beira Rio ser reformado, e continuar sendo a nossa casa, onde crescemos, onde vivemos todas as alegrias maiores, e porque não dizer, as derrotas, que também nos fizeram aprender muito. 

Ficaria muito triste de ver a casa onde cresci e vivi os melhores momentos da minha vida ser implodida e virar poeira. Por mais que a gente ganhasse uma linda casa nova, as lembranças, as memórias de tudo que aconteceu lá na casa da nossa vida, iam perder o encanto. 

Essa é minha opinião, não vejo a hora do Beira Rio estar pronto e lindo, e poder caminhar pela Borges de Medeiros, num domingo de sol, em direção ao lugar onde meu time e eu vivemos alguns dos momentos mais felizes de nossas vidas. 

Bom é saber que sempre vamos poder voltar àquele lugar, e que lá continuarão todas as nossas memórias, bem guardadas e bem seguras, andando lado a lado com o nosso presente e projetando conosco o nosso valoroso futuro.

E por último, dizem que quem vive de passado é museu, mas no caso do meu Internacional, "É teu passado alvirrubro, motivo de festa em nossos corações..."

E aí recebo esse vídeo, só para confirmar o que eu já tinha percebido.





Cliente: Brio (www.brionet.com.br)
Produção: hype.cg (www.facebook.com/hype.cg)
Roteiro: Coelho Voador
Som: Gogó Conteúdo Sonoro 
Agência: Competence
Marketing Digital: Virtualize